terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Apagando velinhas

Um ano e seis meses após o parto humanizado, volto a escrever. Não que não quisesse ter feito isso antes. Mas, essa pequena pausa foi motivada pela turbulência da maternidade. Larissa e Felipe fizeram com que esses momentos de relaxar para escrever algo fossem praticamente excluídos. Entretanto, não posso dizer que foi só isso. Juntando a isso o fato de ganhar o meu primeiro smartphone, jogos e redes sociais também contribuíram.

Não sei explicar se estou mais organizada ou se eles estão me permitindo um tempo maior de relaxamento, o fato é que estou conseguindo escrever! E quis voltar a escrever neste dia, como uma reflexão por estar aniversariando. Como todo mundo, a gente faz aniversário e revê toda nossa trajetória.
Chego aos meus 36 anos realizada, feliz, agradecida. Sinto que ainda tenho muitos pontos pra mudar, mas estou cada ano mais feliz com as mudanças que venho conquistando. Maturidade, organização, vaidade, sensibilidade, menos ansiedade, teimosia, foram alguns pontos. Meus sonhos e objetivos também ganham outros focos. E acredito que as maiores contribuições para tudo isso foram a maternidade e o casamento. A arte de conviver com outra pessoa e cuidar de pessoinhas que saem de você e transformam sua vida. Não tem como não mudar. Alguns focos permanecem. Ainda tenho sede em aprender, conhecer assuntos novos. Por isso quero voltar a escrever. Registrar o que descubro e compartilhar ideias e dicas.

Hoje, quando for apagar as velinhas, só agradecerei. Meu pedido será em forma de gratidão por toda conquista até aqui. Sinto que é só o começo de uma nova etapa. A gente fica mais velha, mas recebe carinho, acorda com presentes, beijos, mensagens. É dia de festa! Como é bom aniversariar!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Meu parto natural humanizado


Resolvi escrever sobre meu parto para tentar contribuir com as informações sobre o parto natural humanizado (ou simplesmente saciar a curiosidade das amigas que queiram entender que raio é isso de parto natural humanizado). De fato, infelizmente, ainda me sinto um bicho do mato quando falo sobre minha opção. As pessoas me olham espantadas, não sei se pensando que sou corajosa ou que sou doida mesmo. Mas, isso é um tabu que estamos quebrando aos poucos com a chegada das informações seja via televisão, internet, redes sociais ou pelo crescente número de mães que estão fazendo esta opção também. Não desaprovo quem escolhe fazer cesárea. Na minha cabeça, acho que falta informação. Quem busca informação sobre o assunto, acredito que não conseguirá fazer outra escolha senão a forma mais natural e linda de se trazer um filho ao mundo. Se optar pela cesárea também, não tem problema. Pelo menos a pessoa está informada sobre suas opções para este momento tão importante.

Engravidei do Felipe de forma não programada quando a Larissa estava com apenas um ano e um mês de idade. Confesso que o medo do parto superou meu medo de como daria conta de dois bebês.  O parto “normal” da Larissa foi muito traumatizante e só de pensar em passar por tudo aquilo de novo, eu gelava. Iniciei o pré natal no posto de saúde aqui de Ipeúna. O médico foi bem receptivo, mas posto de saúde já viu, né?! Um monte de gravidas para um só médico atender. Consultas de no máximo cinco minutos. Tinha dúvidas sobre o parto, queria que fosse diferente do primeiro. Mas, ele não me respondia nada. Dizia que era cedo para falar sobre isso. Na verdade, me sentia igual às consultas do plano, sem entender nada sobre parto normal. Como num procedimento padrão para todas as grávidas que optavam pelo parto normal, você vai ao hospital quando começarem as contrações, eles te enfiam ocitocina, fazem zilhões de toques, mexem no bebê para “encaixar”, te cortam (episiotomia), empurram sua barriga e o bebê nasce. Rapidinho! Mas, eu pensava que NÃO ERA POSSÍVEL ser daquele jeito para todas as mães que optavam pelo parto normal. Isso não deve ser o normal. Por isso, minhas dúvidas eram se eu podia evitar esses procedimentos e ninguém me respondia.

Quando já estava no final da gravidez, resolvemos procurar uma doula. Na minha cabeça (e de muitas pessoas), essa profissional era aquela “radical” que queria ajudar pessoas “radicais”. Até usei este termo no nosso primeiro encontro, ela riu, e hoje me encontro, aqui, defendendo essa “coisa hippie”, esse procedimento tão simples, natural, lindo e inesquecível. Enfim, a doula foi a peça chave para tudo o que procurava. Ela tirou todas as minhas dúvidas, me explicou sobre cada procedimento, me fez refletir e me deixou à vontade para escolher o que EU iria querer para o MEU parto. Daí coloquei tudo num plano de parto e entreguei no hospital que escolhi ter meu filho. Felipe é sãocarlense, pois seria impossível realizar o parto da forma que queria em Rio Claro (Ipeúna não tem hospital). Larissa nasceu em Rio Claro e já sabíamos como seria lá. E ainda por cima, verificamos que não era permitida a presença da doula durante o parto. Já em São Carlos, o hospital público possui sala especial para parto natural.  As enfermeiras obstetras já estão preparadas para esse procedimento e aceitam a presença do pai e da doula.

O nascimento do Felipe começou numa madrugada de quarta para quinta (18-19/06/14) quando estava completando 40 semanas e 3 dias. As contrações começaram de meia em meia hora, mas fracas. Como não sabia o que fazer, liguei para a doula. Achamos melhor ir para São Carlos, mas no caminho as contrações pararam. Voltamos para casa e tentei descansar um pouco. De noite, as contrações voltaram. Passei a noite sentindo e marcando o tempo. Estavam irregulares. Confesso que depois de duas noites sem dormir, sentindo dores, já tinha desistido. Pedi para ir ao hospital. Nessa hora o pai é fundamental. Como ele havia me acompanhado em todas as reuniões com a doula, estava até mais entendido sobre o assunto do que eu. Ele não me deixou ir ao hospital. E eu agradeço muito a ele por isso.

Então, a doula veio para minha casa. Ficamos o dia todo em nossa casa, tranquilos, com nossos bichos, no nosso ambiente, sentindo as contrações, procurando a melhor posição para senti-las, vendo tv, descansando um pouco, conversando. Foi demais! Imagina passar esta fase no hospital?! Quando começou anoitecer, resolvemos ir para São Carlos. Nessa fase, as contrações estavam ritmadas de dez em dez minutos. Ficamos na casa da doula e não passou muito tempo entrei em trabalho de parto efetivamente. Fiquei no chuveiro, sentindo, fazendo exercícios, relaxando até as contrações chegarem de cinco em cinco minutos. Fomos pro hospital e as contrações passaram para três em três minutos. A enfermeira me examinou e disse que eu já estava com oito dedos de dilatação, que já conhecia meu plano de parto e que podia ir direto pra sala de parto. Fui para o chuveiro. Chuveiro alivia bem. A bolsa estourou. Não demorou muito a enfermeira veio me ver e disse que o Felipe já estava chegando. Sentei no banquinho e as contrações vinham junto com aquela vontade de fazer força. A cada força, o Felipe vinha um pouquinho. Pedi para o pai ficar atrás de mim, pois assim eu sentia o cheiro dele e também ele me ajudava na hora de fazer a força. O cheiro dele me acalmava nos intervalos das contrações. Nesses intervalos, a gente conversava. Eu ouvia as músicas que havia escolhido. Estava tudo tranquilo e gostoso. A enfermeira me mostrava como estava indo com um espelho. Quando ele começou a sair, eu já conseguia fazer carinho na cabeça dele. Que sensação maravilhosa! Faltava muito pouco. Mais umas três forças e ele nasceu. A enfermeira somente apoiou a cabeça dele, ele saiu, girando, e eu peguei ele. Ele chorou um pouco, coloquei no meu peito e logo parou. Tão lindo! O pai fez carinho e, assim que o cordão parou de pulsar, ele cortou. Só depois disso que tiraram ele de mim e levaram para os exames com o pai sempre presente. Foi bem rápido. Foi o tempo de sair a placenta, eu me levantar e sentar na cama. Logo, já vieram com ele e com comida. Tava com uma fome! Tomei um banho e fui andando para o quarto.

Não sei se fui clara, então um parenteses: nenhum médico esteve presente no nascimento do Felipe. Somente depois que ele nasceu,um pediatra entrou para examina-lo. Quem realizou o parto fui eu, hein?!

O Felipe nasceu de sexta para sábado à meia noite e cinco do dia 21 de junho. Veio canceriano e no inverno por cinco minutos. Veio muito calmo, tranquilo. Não chorava. Não tive problema para amamentá-lo. Meu leito desceu rápido e ele pegou rápido. Cuidei dele tranquila no dia seguinte. E ainda ajudei uma mãe que havia feito cesárea que não conseguia cuidar de sua bebê. Ficamos juntos o tempo todo. Senti como se nossa ligação tivesse aumentado após o parto. Com a Larissa, infelizmente, me sentia mal no começo. As lembranças eram tristes. Nossa ligação teve que ser construída dia após dia. A minha indignação ficou ainda maior no dia seguinte, quando o médico veio me examinar e nem me examinou, somente nos informou que, como foi parto natural, eu já estava de alta e que precisava somente esperar a alta do Felipe. E o Felipe teve a alta antes das outras crianças. Os pediatras que o examinaram acabaram cedendo às 48 horas de hospital já que o Felipe não apresentava nenhuma irregularidade. É duro ouvir isso quando se sabe que os médicos empurram as mães para as cesáreas. Ouvi muitos relatos no hospital que falavam isso. 

Enfim, não sei se correspondi às expectativas ou se esqueci de alguma coisa, espero que me desculpem se não. Escrevi com carinho. E se de alguma forma ajudar as pessoas buscarem informações sobre o assunto, já me sentirei muito gratificada.

sábado, 29 de junho de 2013

9 e 10 meses

Então, passaram-se os 9 e, praticamente, os 10 meses. E um dos motivos que tenho para não ter registrado suas mudanças neste tempo é que quando a florzinha completou seus 9 meses, definitivamente começou a engatinhar e, com isso, sua curiosidade ficou aguçadíssima. Portanto, mamãe ficou atrás de sua pimpolha o tempo todo. Mas, não quero deixar de registrar sua principais mudanças aqui. Vai, então, um resumão:

- Como disse, engatinha pra todo lado! Se tiver apoio, sobe no sofá. E o escala até o topo se isso for possível. Sua busca é implacável por aquilo que ela mais deseja e que sempre coincide com aquilo que ela não pode ter de jeito nenhum. Mamãe já disse que não! Oba, é isso que eu quero!
- Dança, pula, bate palma, canta. Ama música! Além dos desenhos, o que mais a distrai são os dvds de músicas com shows, violões, muita mpb e rock´n roll para a Lari!
- Fica em pé sozinha por um tempo, anda com ajuda de alguém.

- Ela imita tudo que é feito para ela. Coloca o dedo na frente da boca pra fazer "xiiiii" (de silêncio), enfia o dedo no nariz (aprendeu com a prima), assopra tudo da boca pra tentar assoviar, briga com as cachorras, mostra o dedinho indicador quando perguntam quantos anos ela vai fazer, dá tchau, faz 'vem'...
- Se ela está no colo de alguém e quer vir para o meu colo e tem pessoas neste caminho, ela vai pedindo colo para todos até chegar em mim. Pede colo e olha pra mim. E vai fazendo sua ponte até conseguir o que quer...
- 3 dentes e meio estão em sua boca. Dois embaixo e um solitário dente de cima deixou seu rostinho tão engraçado por algumas semanas, mas o segundo dente já está a caminho.

Nestes dois meses, ela teve muito mais contato com seus primos de 8 meses e 6 anos e percebi que isso estimulou muito seu aprendizado. Percebi também que ela é bem sapeca e gosta muito de aventuras como um balanço de parquinho. Se existem bebês que sentem medo de serem balançados, com a Lari foi ao contrário. Ela agitava a perna querendo balançar mais. Pular na cama da tia com os primos também é a farra que ela mais ama. Às vezes fico preocupada com o serzinho que está crescendo e que vai aprontar todas, mas depois passa. Muita energia, sinal de saúde, certo? E falando em saúde, neste tempo ela teve febre, primeiro por conta dos dentes de cima (os de baixo não deu nada) e depois por uma gripinha rápida. Seu nariz ficou escorrendo por um tempo e passou. Nestes dias, foi tenso porque nem ela nem eu dormimos. Mas, fora isso, ela tem dormido muito bem, mesmo acordando ainda 2 vezes na noite pra mamar. E como mama! No peito ainda, sim! Gosta tanto de mamar que pediu peito pra tia e mamou horrores nela. Tentei dar mamadeira de novo e nem quis saber. Daqui a pouco ela fará um ano e não vai querer outro leite? Não sei como vou fazer.

Esta é, para mim, sua melhor fase. Ela interage com tudo e entende tudo que falo. E eu também consigo entender tudo o que ela quer. É uma delícia!

sábado, 6 de abril de 2013

8 meses

Sabe aquela frase "não repare no filho dos outros que o seu pode vir pior"? Pois é. Tô com medo. Tá certo que não fico falando mal da educação das crianças, mas tem cada uma tão sapeca! E a Larissa é uma delas. Tá demais de sapeca e nem engatinha ainda. Imagina quando andar! Ai Deus! 

- aprendeu a bater palminhas! De repente olhei e lá tava ela batendo palmas na maior alegria. Juro que não tentei ensiná-la. Foi sozinha mesmo! Agora momentos de alegria é sinônimo de palmas. Estes momentos geralmente coincidem com a comida. É muito gulosinha!
- já fazer tchauzinho, eu tentei ensinar. Só que foi com a prima dela que de repente saiu um tchau e foi aquela festa toda. Como a gente é bobo...
- consegue sentar sozinha no berço. Outro dia peguei ela em pé, toda cambaleando apoiada no berço.
- tudo que a gente faz com a boca, ela imita. É meleca pra todo lado e sabe fazer beicinho pro beijo (às vezes parece mais um peixinho). Só que ai a gente cai na gargalhada e ela para de fazer.
- finalmente está dormindo 7 horas seguidas. Demora para apagar. Ainda só no peito. Mas quando embala, vai até o dia seguinte. Mama um pouco e volta a dormir.
- ela entende o que pode e o que não pode fazer. Ela me olha antes de pegar, se falo não, ela fica olhando. Se saio de perto, ela pega correndo.
- faz uma manha danada. Mas 'tentamos' ser rígidos, falar mais forte, não vai conseguir tudo que quer choramingando, não! Tudo não...quase tudo...
- é brava demais! Faz 'rrrrrr' se não gostou de alguma coisa.
- sapeca sapeca sapeca! Não para um segundo! Nem tv distrai mais. Nem rio que ela amava nem Galinha Pintadinha. Haja fôlego para tanta energia!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Mousse de Leite Ninho

Vi esta receita no face e a boca encheu d´água na hora! É super fácil, rápido e prático. Dá pra variar sabores e usar em bolos, doces. A receita é essa aqui:


Mousse De Leite Ninho.

Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite
2 xícaras (chá) de Leite Ninho®
1 envelope de gelatina sem sabor
1 envelope de suco de sua preferência

Modo de preparo:

1- Hidrate a gelatina em 4 colheres de água morna
2- Misture em um recipiente o creme de leite, o leite condensado e o suco de sua preferência
3- Acrescente o Leite Ninho®, a gelatina dissolvida e mexa até ficar homogêneo
4- Leve a geladeira por 1 hora



Agora a forma como fiz. Ao invés de gelatina sem sabor, usei gelatina de morango e não usei o suco. Hidratei a gelatina com uma xícara de água morna (quase fervente, mas não pode estar fervendo) rapidinho e bati tudo no liquidificador. Tive que fazer 3 receitas seguidas pra matar a lombriga!

Já vi receita como esta que ainda adiciona 150 ml leite, que acredito que seja para deixar mais macio no caso de usar suco em pó. Mas, pode também usar suco de fruta fresca no lugar do suco em pó. E tem ainda a variação com chocolate, adicionando uma xícara de chocolate em pó e 150 ml de leite no lugar do suco. Desta forma ainda não provei. Mas, deve ser ruim...rs

quinta-feira, 28 de março de 2013

Cuca de banana com chocolate

Não sou fã de doces com banana, mas esta cuca é demaissss de gostosa. Eu conhecia e fazia como torta de banana até o dia em que minha vizinha (aqui em Ipeúna tem muito disso, vivo ganhando comidas, frutas, verduras dos vizinhos) me trouxe a mesma torta, que na verdade é uma cuca, com sabor de chocolate. Parece um brownie de chocolate com banana e é facinho de fazer.

Cuca de banana

10 colheres de sopa de farinha de trigo
10 colheres de sopa de açúcar
4 colheres de sopa de chocolate em pó
1 colher de fermento em pó
2 colheres de margarina
4 ovos
bananas cortadas em rodelas no tamanho de um dedo (aproximadamente 5 bananas)
canela e açúcar

Fazer uma farofa misturando bem a farinha, o açucar, o chocolate em pó, o fermento e a margarina. Colocar uma camada da farofa numa forma untada, colocar uma camada de bananas em rodelas e cobrir com outra camada de farofa. Bater os ovos e jogar por cima. Assar por aproximadamente 30 minutos. Espalhar  canela e açúcar por cima.

Crédito da foto: http://leonildaphotmailcom.blogspot.com.br/2011/02/torta-seca-de-bananas.html